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Este blog é apenas uma voz que clama no deserto deste mundo dolorosamente atribulado; há outros e em muitos países. Sua mensagem é simples, porém sutil. É uma espécie de flecha literária lançada ao acaso, mas é guiada por mãos superiores às nossas. À você cabe saber separar o joio do trigo...

22 de maio de 2012

Não finja ser diferente do que é


Não finja ser diferente do que é. Se você é um na multidão, não se vista com mantos orgulhosos de Instrutor e não finja ser capaz de imitá-lo; a menos que se apóie na Verdade, você jamais a encontrará. Colocar-se no pedestal do prestígio espiritual antes que o Mestre ou Deus o tenham colocado aí, é fazer o primeiro movimento em direção a uma queda humilhante e dolorosa.

Se parece ocorrer uma oportunidade de tornar-se discípulo de um mestre, não deixe primeiro de verificar se ele é digno de ocupar tal posição. Não teste sua suposta posse de poderes ocultos ou dons de cura; em vez disso, verifique se é mestre de si mesmo antes de desempenhar esse papel na vida de outros. Está ele livre da concupiscência do sexo, da ganância pelo dinheiro, da vontade de ter fama, da paixão da ira e do desejo de poder? Se não, ele pode ser notável, extraordinário, inteligente, fluente, sensitivo, amigo, ou qualquer outra coisa, mas esteja certo de que não é competente para guiar discípulos para o reino dos céus.

Pelo menos três qualificações são exigidas de um instrutor espiritual: total competência, pureza moral e altruísmo compassivo. Somente quem já triunfou sobre o mal em si próprio pode ajudar os outros a fazerem o mesmo. Somente quem já descobriu o espírito divino em si mesmo pode guiar os outros a fazerem sua própria descoberta desse espírito. O ensinamento que não tem origem na experiência pessoal jamais pode ter a eficácia daquele que dela se origina.

É essencial que um preceptor espiritual viva de acordo com os elevados preceitos que transmite; se é incapaz de fazer isso, deve descer de seu alto posto e sentar-se entre os alunos — de preferência, na fila de trás. O estudante ocidental dos divinos mistérios é muito ávido e muito propenso a sair correndo e tentar ensinar seus companheiros antes de ter completado os seus estudos e antes de ter compreendido inteiramente a verdade deles através da experiência. As razões óbvias são muitas: um amor pelas luzes da ribalta e um sentimento de superioridade são apenas duas delas.

Quando um homem finalmente se encontrou, quando não tem mais nenhuma necessidade de um Símbolo humano exterior, mas passa diretamente para a sua própria realidade interior, ele pode colocar-se ombro a ombro com seu instrutor na mais antiga, mais longa e mais grandiosa das lutas.

Paul Brunton
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